
24/04/2025
Lançada em 2024, a plataforma digital Bioconex tem transformado a forma como produtos da floresta amazônica chegam ao mercado nacional. Desenvolvida pela Fundação CERTI, por meio do Instituto CERTI Amazônia, a ferramenta atua como um elo entre as comunidades ribeirinhas e a indústria, promovendo a comercialização direta de produtos extrativistas e agroecológicos.
Com impacto positivo em cerca de 4.200 famílias envolvidas nas etapas de coleta, beneficiamento, embalagem e armazenamento dos itens, a Bioconex se firma como um modelo de negócio sustentável que alia preservação ambiental, inovação tecnológica e desenvolvimento socioeconômico.
“A projeção é que até o final de 2025 a plataforma atinja 100 organizações cadastradas, beneficiando aproximadamente 7 mil famílias”, afirma Marco Giagio, diretor-geral do Instituto CERTI Amazônia.
Além dos já conhecidos açaí e castanha, a Bioconex amplia a visibilidade de itens menos explorados, como cariru, uma hortaliça nutritiva, e o babaçu, fruto versátil utilizado nas indústrias alimentícia, cosmética e farmacêutica. Ao todo, o marketplace reúne 33 cadeias produtivas, com uma média de 10 subprodutos cada, apresentados em diversas formas — de in natura a liofilizados, óleos e farinhas.
Com um crescimento mensal médio de 20% nos produtos anunciados nos últimos seis meses, o volume de ofertas já ultrapassa três toneladas. “Conectamos quem produz à indústria, garantindo renda para quem vive da floresta e promovendo práticas sustentáveis de uso dos recursos naturais”, destaca Giagio.
Por meio da Bioconex, empresas podem negociar diretamente com os produtores, visualizar a localização dos fornecedores e estimar custos logísticos. A plataforma também oferece duas ferramentas integradas: o Vem de Onde, que assegura a rastreabilidade dos produtos, e o BI da Floresta, que armazena dados estratégicos para gestão de negócios e decisões comerciais.
“A tecnologia vai além do preço: considera disponibilidade, prazos e logística, sempre com baixo custo para quem vende”, explica o diretor.
A cooperativa Amazônia Cooperar, que reúne mais de 50 comunidades ribeirinhas, é uma das organizações que utiliza a Bioconex para vender produtos à base de cacau, castanha e tucumã. “O Bioconex amplia a visibilidade dos produtos da natureza e conta com um time de suporte com grande conhecimento da bioeconomia”, comenta Maria Carolina Farias, representante da cooperativa.
Outra usuária da plataforma é a empresa Arvo – Produtos da Amazônia, de Rio Branco (AC), que trabalha com produtos à base de jatobá, como chás e temperos. Para o sócio-diretor Francisco Rodrigues Antropobos, a ferramenta é essencial para fortalecer negócios sustentáveis. “Ela serve como ponte entre produção tradicional e o mercado, valorizando o que temos de melhor na fauna e flora amazônicas”, diz.
A Plataforma Digital da Floresta integra o Bioconex a outras duas soluções digitais — Vem de Onde e BI da Floresta — e está disponível gratuitamente. Interessados podem acessar os sites bioconex.com.br, vemdeonde.com.br e bidafloresta.org.br, ou entrar em contato com a equipe de suporte pelo WhatsApp: (92) 99205-9923.
Fonte: CicloVivo

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