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O satélite que vai descobrir quanto a Amazônia ´pesa´

06/05/2025

As florestas tropicais são frequentemente chamadas de "pulmões da Terra".
Elas armazenam bilhões de toneladas de gás carbônico e, ao fazer isso, ajudam a reduzir os impactos das mudanças climáticas.

Mas, com mais de um trilhão e meio de árvores, medir exatamente quanto carbono elas armazenam sempre foi praticamente impossível. Até agora.

Nesta terça-feira (29/04), a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) lançou com sucesso o primeiro tipo de satélite que usa um sistema especial de radar para descobrir o que está escondido sob a copa de árvores.
A expectativa é que isso ajude os cientistas a entender melhor a importância das florestas tropicais — entre elas, a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo — no armazenamento de carbono e seu impacto do desmatamento.
O foguete decolou da base da ESA em Kourou, na Guiana Francesa, e sobrevoou a Amazônia, uma das florestas que serão estudadas.
O satélite a bordo foi carinhosamente apelidado de "space brolly" (ou guarda-chuva espacial, em tradução livre para o português) devido a sua enorme antena de 12 metros de diâmetro, que enviará os sinais.

"Nós queremos investigar essas florestas. Com esse satélite, poderemos, de fato, olhar dentro delas", disse o professor John Remedios, diretor do Centro Nacional de Observação da Terra, que propôs a ideia à ESA.

Ele disse que será uma conquista ainda maior "saber, pela primeira vez, e com alta precisão, a quantidade de carbono que é armazenada na Amazônia, no Congo e na Indonésia".
A antena utiliza um radar de banda-P, que tem um comprimento de onda muito longo e permite ver dentro das florestas, além de revelar os galhos e troncos ocultos pela copa.

"A maioria dos radares que nós temos no espaço hoje faz imagens incríveis de icebergs, mas quando eles olham para as florestas, eles só veem o topo delas, ou seja, os ramos, as folhas. Esses radares não penetram nas camadas mais profundas", explicou o dr. Ralph Cordey, chefe de geociências da Airbus.

"Mas o que nós descobrimos foi que, ao usar um radar com comprimento de onda mais longo, nós conseguimos ver lá em baixo, nas profundezas das árvores e das florestas", completou.
O satélite de 1,2 tonelada usará um método não muito diferente do que é usado em uma tomografia computadorizada, passando repetidas vezes pelas árvores para analisar pequenos pedaços e montar uma imagem de quanto material lenhoso está presente.
É esse material lenhoso que pode ser usado como um indicador da quantidade de dióxido de carbono — principal responsável pelo aquecimento global — armazenado nas florestas.
Atualmente, os cientistas têm medido árvores individualmente e tentado extrapolar os dados, mas isso representa um "grande desafio", disse o professor Mat Disney, especialista em sensoriamento remoto da University College London.

A matéria na íntegra pode ser lida no g1

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