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Ações globais impulsionam retorno das tartarugas marinhas

08/05/2025

Em uma notícia animadora para a conservação dos oceanos, diversas populações de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção ao redor do planeta estão começando a se recuperar. A constatação vem de uma abrangente pesquisa internacional publicada recentemente na revista Endangered Species Research.
O estudo analisou 48 populações de tartarugas marinhas em diferentes regiões do mundo e identificou uma diminuição nas ameaças enfrentadas por esses animais — como caça, poluição, urbanização costeira e mudanças climáticas — em mais da metade dos locais avaliados. “Muitas das populações de tartarugas retornaram, embora algumas ainda não”, observou Stuart Pimm, ecologista da Universidade Duke que não participou do estudo. “No geral, a história das tartarugas marinhas é um dos verdadeiros casos de sucesso em conservação.”
Entre os principais motivos para esse progresso estão as proteções legais e ações específicas de conservação. Nos Estados Unidos, as tartarugas marinhas passaram a ser protegidas pela Lei de Espécies Ameaçadas de Extinção, em vigor desde 1973. Já o México implementou, em 1990, uma proibição nacional da captura de todas as espécies do animal. Embora os efeitos dessas medidas tenham levado décadas para se tornarem perceptíveis, os benefícios agora estão claros em diversas áreas litorâneas.
“Com o fim das capturas comerciais e o tempo necessário para que se recuperassem, as populações estão se saindo muito bem”, afirmou Michelle María Early Capistrán, pesquisadora da Universidade de Stanford e coautora do estudo, que realizou trabalho de campo tanto no México quanto nos Estados Unidos.
A preservação das praias de desova e a redução da captura acidental — quando tartarugas ficam presas em redes e equipamentos de pesca — também têm sido cruciais para a recuperação dessas populações frágeis.
Apesar dos avanços, nem todas as espécies têm se beneficiado igualmente. As tartarugas-de-couro, famosas por realizarem as mais longas migrações entre os animais marinhos — chegando a nadar até 6.000 quilômetros em cada trajeto —, continuam particularmente ameaçadas. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), essa espécie é considerada globalmente vulnerável, com muitas de suas populações regionais classificadas como criticamente ameaçadas.
“Todas as sete regiões onde as tartarugas-de-couro são encontradas enfrentam riscos ambientais elevados”, explicou Bryan Wallace, coautor do estudo e ecologista da vida selvagem da organização Ecolibrium, sediada no Colorado. Suas amplas rotas migratórias as colocam em contato com diversas ameaças em diferentes áreas, o que dificulta sua recuperação.
Mesmo com os resultados animadores da pesquisa, especialistas alertam para os perigos que ainda rondam as tartarugas marinhas. A captura acidental continua sendo uma das principais ameaças globais. Apesar do desenvolvimento de novas tecnologias para evitar que esses animais fiquem presos nos equipamentos de pesca, a eficácia dessas soluções depende da adoção generalizada por parte das comunidades pesqueiras.
“Essas tecnologias precisam ser aceitas e utilizadas regularmente para realmente funcionarem”, ressaltou Wallace.
A pesquisa representa a primeira atualização global sobre as populações de tartarugas marinhas em mais de dez anos e oferece um panorama essencial sobre a situação atual dessas espécies simbólicas. Embora ainda haja um longo caminho rumo à recuperação completa, o estudo reforça uma mensagem promissora: ações coordenadas de conservação podem, de fato, trazer resultados significativos.

Fonte: CicloVivo

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