
14/08/2025
Quer dar um mergulho na Baía de Guanabara para ver como é a vida marinha? E que tal passear ao lado do emissário submarino de Ipanema? Talvez ver ao redor das Ilhas Cagarras direto de dentro da água, conhecendo a vida marinha? Tem como fazer isso, e sem nem colocar os pés na água. O Instituto Mar Urbano (IMU) proporciona mergulhos em seu espaço na Rio Innovation Week, no Píer Mauá, Zona Portuária do Rio, através da tecnologia. Com óculos de realidade virtual, os visitantes podem nadar nas águas cariocas conhecendo as profundezas.
Essa é a primeira vez que o instituto usa realidade virtual em uma ação. O material apresentado foi produzido durante a Expedição Águas Urbanas, que entra em seu terceiro ano, em que por meio de conteúdos audiovisuais apresenta problemas, soluções, biodiversidade e curiosidades sobre as águas do Rio. Esta expedição é feita com o apoio da OceanPact e Águas do Rio.
No espaço do Instituto Mar Urbano, montado no 2º piso do Galpão Kobra, os visitantes podem ver e aprender sobre o ecossistema marinho, bem além das areias das mundialmente famosas e icônicas praias cariocas, por exemplo.
— Temos uma bandeira que é o nosso lema: o homem só preserva o que conhece. Hoje, estamos na década do oceano, decretada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pela Unesco, de 2021 a 2030. O mundo já acordou que a gente precisa preservar a vida marinha se a gente quiser continuar existindo quanto espécie, né? E no caso do Rio de Janeiro, a gente tem uma falsa sensação de que entende de mar porque temos uma tradição de praia muito forte, mas temos pouca cultura oceânica. No instituto, estamos aproximando a sociedade do oceano que nos circunda — afirma Ricardo Gomes, presidente do Instituto Mar Urbano.
No espaço, o público tem acesso a material de apoio, como coleção biológica de tubarão e raia (doados ao serem recolhidos mortos em redes de pesca), linha do tempo com o trabalho do instituto, e integrantes do instituto que fornecem informações e explicações. Quem quiser fazer uma imersão no trabalho do IMU, o óculos de realidade virtual tem sido o destaque, e divertido os visitantes. O Rio Innovation Week vai até sexta-feira (15), com uma vasta programação, além de palestras.
— A gente ainda tem muita coisa para conhecer, para mostrar para as pessoas e dar motivos para se apaixonarem pelo oceano. E nesse espaço colocamos em prova tudo o que fizemos — destaca Ricardo Gomes. — Nessa experiência imersiva em realidade virtual as pessoas têm oportunidade de mergulhar comigo nas águas do Rio. Quando você veste o óculos, de repente perde até o equilíbrio. Quando você vê, está do meu lado, embaixo do emissário submarino de Ipanema, a um quilômetro da areia, recolhendo uma rede de pesca perdida. Olha para baixo, vê areia, olha para cima, vê um cano do emissário, olha para frente, me vê cortando uma rede de pesca com uma faca, que podem ficar ali por anos, matando a vida marinha.
Quem quiser ter um gostinho de como é mergulhar e ter uma visão 360 graus do ambiente marinho, o IMU disponibilizou um vídeo em seu canal do YouTube de um ponto na Praia Vermelha, na Zona Sul do Rio. O vídeo pode ser acessado abaixo. No desktop, o cenário pode ser percorrido com auxílio das setas no canto superior esquerdo. No celular, basta movimentar o aparelho na direção desejada (fazendo movimentos para os lados e para cima e para baixo), ou com os dedos na tela.
No espaço do IMU na Rio Innovation Week ainda há um cubo imersivo, onde o público entra e se vê rodeado por gravações, incluindo do fundo do mar, claro.
Ricardo Gomes destaca que criatividade é uma aposta para atrair a atenção das pessoas e levar informação. Há anos, a "arma futurística" para divulgar e estimular a busca por conhecer os oceanos é a MPB. Isso é fruto da parceria com o cantor e compositor Pedro Luís, que faz músicas para trabalhos do instituto desde 2014. Entre os destaques, a trilha sonora do documentário "Baía Urbana", sobre quem defende e cuida os ecossistemas da Baía de Guanabara, e uma composição sobre o processo de acidificação dos oceanos, que era um desafio.
— É um problema super difícil de levar para a sociedade porque é de química, e o Pedro Luís conseguiu traduzir isso em poesia. Temos orgulho em tê-lo no nosso time. Essa mistura da MPB com a tecnologia transforma nossos produtos em diferentes armas contra a perda da diversificada da vida marinha — destaca Gomes.
Fonte: Um Só Planeta

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