
12/11/2024
Os objetivos do Acordo de Paris estão "em grave perigo", alertou a ONU nesta segunda-feira (11), na abertura da COP29, a conferência das Nações Unidas sobre mudança climática em Baku, no Azerbaijão.
O alerta vem de um novo relatório da OMM (Organização Meteorológica Mundial), uma agência da ONU, diante da possibilidade quase certa de que 2024 quebrará o recorde de 2023 e se tornará o ano mais quente já registrado.
O período de 2015 a 2024 também será a década mais quente até hoje, de acordo com o estudo, que reúne seis grandes bases de dados internacionais.
"As ambições do Acordo de Paris estão em grave perigo", alertou a OMM, destacando que de janeiro a setembro de 2024, a temperatura média do ar na superfície do planeta foi superior a 1,54°C em relação à média pré-industrial (1850-1900).
"As chuvas e inundações recordes, a rápida intensificação dos ciclones tropicais, o calor mortal, a seca implacável e os incêndios catastróficos que observamos em diferentes regiões do mundo este ano são infelizmente uma nova realidade e um presságio do futuro", afirmou a secretária-geral da organização, Celeste Saulo, em comunicado.
Na última semana, o observatório climático europeu Copernicus já havia alertado que é "virtualmente certo" que 2024 será o ano mais quente da história humana e que a temperatura anual deverá ultrapassar pela primeira vez a marca de 1,5°C.
Adotado em 2015, o Acordo de Paris busca limitar o aquecimento global a 2°C até o final do século, com esforços para contê-lo a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais.
Apesar da média de 1,54°C registrada nos primeiros nove meses deste ano, ainda não se considera que a meta mais ambiciosa do acordo tenha fracassado.
Para que seja considerado que o aquecimento estabilizou neste nível, não se deve analisar os anos separadamente, mas fazer uma média de 20 anos e a temperatura média das últimas duas décadas está em 1,3°C.
"É importante destacar que isso não significa que não tenhamos alcançado o objetivo do Acordo de Paris", ressaltou Saulo.
A COP29 vai até o dia 22 de novembro e tem como principal objetivo definir uma nova meta global de financiamento climático.
Discursando na abertura da cúpula, o secretário executivo da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas, Simon Stiell, afirmou que aportar verbas no combate às mudanças do clima não é "caridade, e sim do interesse de todos, incluindo as nações mais ricas e maiores".
Stiell defendeu, ainda, a reforma do sistema financeiro global e a estruturação do mercado global de carbono, previsto pelo Acordo de Paris, mas que ainda não foi regulamentado.
Fonte: Folha de S. Paulo
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