
14/08/2025
Durante o Fórum Movimentos pela Regeneração – Em direção à COP30, realizado em São Paulo, o Instituto Cidades Sustentáveis lançou o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades 2025 (IDSC-BR), ferramenta que permite avaliar os 5.570 municípios brasileiros por meio de 100 indicadores socioeconômicos e ambientais.
Dados coletados em bases públicas e oficiais, como o IBGE, DataSUS e Inep, mostra que, de modo geral, o índice mostra que todos os municípios brasileiros ainda estão distantes de alcançar um nível muito alto de desenvolvimento sustentável.
Evolução: A comparação entre os dados de 2015 e 2025 mostra ainda que, em dez anos, a pontuação de 60% das cidades brasileiras (3.328 municípios) no IDSC-BR piorou ou ficou estagnada.
O índice apresenta uma visão abrangente e integrada de todos os municípios brasileiros em áreas como saúde, educação, renda, moradia, saneamento, segurança e mudanças climáticas, entre outras. Com a ferramenta é possível acompanhar o desempenho das cidades de forma geral ou em recortes específicos (regionais e temáticos, por exemplo), assim como observar a enorme desigualdade que separa as diferentes cidades e regiões do país.
Numa escala de 0 a 100 pontos, nenhuma cidade atingiu pontuação acima de 80; apenas 168 (3% dos municípios brasileiros) ficaram acima de 60 pontos e a maior parte (2.643 municípios, ou 47,5% do total) encontra-se na faixa entre 50 e 59 pontos.
Das 100 cidades com a maior pontuação, 75 estão localizadas no estado de São Paulo e 15, em Minas Gerais. Outras quatro estão no Rio Grande do Sul, três em Santa Catarina, duas no Paraná e uma em Pernambuco.
Das 100 cidades com a menor pontuação, 75 estão no bioma Amazônia e 19, no Cerrado. Outras quatro estão na Mata Atlântica e duas, na Caatinga. O estado que concentra o maior número de cidades dentre as 100 menores pontuações é o Maranhão (39 municípios), seguido por Pará (33), Amazonas (17), Bahia (3), Acre e Piauí (2). Paraíba, Pernambuco, Roraima e Tocantins têm uma cidade cada entre as 100 piores pontuações.
Das 27 capitais brasileiras, 12 apresentam nível médio de desenvolvimento sustentável (entre 50 e 59,99 pontos), 11 registraram nível baixo de desenvolvimento sustentável (40 a 49,99 pontos) e duas, nível muito baixo (0 a 39,99 pontos).
São Paulo é a capital que apresentou o melhor desempenho, com 57,9 pontos – é a 414ª cidade na classificação geral. Brasília aparece na segunda posição entre as capitais (57,6 pontos e 459ª posição na classificação geral), seguida por Curitiba (57,7 pontos e 475ª na classificaçao geral). Porto Velho é a capital com a pior pontuação geral (38,9 pontos e 5428ª posição na classificação geral), seguida por Macapá (39,7 pontos e 5382ª na classificação geral).
Outros destaques do IDSC-BR mostram que os desafios são ainda maiores para as cidades amazônicas. Dentre os 100 municípios com a menor pontuação, 75 estão na Amazônia Legal. A região é formada por 772 cidades de nove estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. Desse total, 677 municípios (87% do total da região) têm nível baixo ou muito baixo de desenvolvimento. Apenas 95 cidades da Amazônia Legal alcançaram 50 pontos ou mais. Nenhuma ficou acima de 60 pontos (ou seja, nível alto de desenvolvimento sustentável).
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