
02/12/2025
O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida em 2025 foi o menor já registrado desde 2019, com uma extensão de 21,08 milhões de quilômetros quadrados, de acordo com um relatório do Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus, da União Europeia.
Os dados mostram que o rombo se fechou nesta segunda-feira (1º), mais cedo que nos cinco anos anteriores.
"O fechamento mais precoce e o tamanho relativamente pequeno do buraco na camada de ozônio deste ano é um sinal tranquilizador e reflete o progresso constante que agora observamos ano após ano na recuperação da camada de ozônio graças à proibição das substâncias que destroem o ozônio", disse Laurence Rouil, diretora do serviço do observatório europeu, em nota.
A camada de ozônio se localiza na estratosfera, uma parte da atmosfera, e funciona como um escudo que protege a Terra da radiação do Sol.
As novas medições ajudam a sustentar a esperança de uma restauração gradual da estrutura. Segundo o Copernicus, a camada deste ano registrou um déficit de 20,49 milhões de toneladas de ozônio, menor que a média de 1979 a 2022. Após rombos relativamente grandes e duradouros de 2020 a 2023, os buracos de 2024 e 2025 se fecharam mais cedo e tiveram dimensões menores.
"Este progresso deve ser celebrado como um lembrete oportuno do que pode ser alcançado quando a comunidade internacional trabalha em conjunto para enfrentar os desafios ambientais globais", afirmou Rouil.
Na década de 1970, cientistas descobriram que compostos chamados clorofluorcarbonetos (CFCs), presentes em aparelhos de refrigeração e aerossóis, estavam destruindo a camada de ozônio. A detecção de um buraco sazonal sobre a Antártida, que se abre entre agosto e setembro, levou a uma movimentação política para resolver a situação.
O Protocolo de Montreal, no qual 198 países se comprometeram a regular essas substâncias, entrou em vigor em 1989. O tratado provocou a eliminação gradual de mais de 99% da produção e do consumo dos CFCs, de acordo com um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada às Nações Unidas, publicado em setembro.
Diversos fatores influenciam o fechamento do buraco, como a atividade solar, que favorece a formação do ozônio na atmosfera.
A OMM estima que a camada de ozônio deva recuperar os níveis que tinha nos anos 1980 até meados de 2050, reduzindo os riscos de câncer de pele e danos aos ecossistemas devido à exposição excessiva aos raios ultravioleta. A previsão é que o rombo sobre a Antártida seja restaurado até 2066.
Relatório divulgado em setembro apontou que a estrutura atingiu a maior espessura registrada em décadas de monitoramento.
Fonte: Folha de S. Paulo
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