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Brasil é segundo país do mundo em crescimento de energia eólica

09/05/2024

Em 2023, o crescimento da energia solar e eólica levou o mundo a superar a marca de 30% de eletricidade renovável pela primeira vez, de acordo com o novo relatório do think tank global de energia Ember. Destaque na análise, o Brasil gerou 89% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis no ano, quase três vezes a média global, e registrou o segundo maior crescimento em energia eólica do mundo, atrás apenas da China.
Desde 2000, as energias renováveis expandiram-se de 19% para mais de 30% da eletricidade global, impulsionadas por um aumento na energia solar e eólica de 0,2% em 2000 para um recorde de 13,4% em 2023. Como resultado, a intensidade de CO2 na geração global de energia atingiu seu nível mais baixo em 2023 – 12% menor do que seu pico em 2007.
O Brasil viu uma rápida expansão da energia solar e eólica nos últimos anos, alcançando uma participação de 21% em 2023, à frente da média regional para a América Latina e o Caribe (14%), mas atrás de países como Uruguai (39%) e Chile (32%). A energia hidrelétrica continua sendo a maior fonte de eletricidade no Brasil, gerando 60% da eletricidade do país em 2023.
O relatório Global Electricity Review fornece a primeira visão abrangente do sistema de energia global em 2023 com base em dados de nível nacional. A análise abrange 80 países que representam 92% da demanda global de eletricidade, além de dados históricos para 215 países.
“O futuro das energias renováveis chegou”, diz Dave Jones, diretor de insights globais da Ember. “A energia solar, em particular, está acelerando mais rápido do que qualquer um imaginava possível. O Brasil sempre foi líder em eletricidade renovável – primeiro por meio da hidroeletricidade e agora pela energia solar e eólica. Um foco na energia renovável evitou que o país se tornasse dependente do carvão no passado e pode minimizar uma dependência do gás agora.”
O relatório conclui que o rápido crescimento da energia solar e eólica levou o mundo a um ponto crucial de virada, onde a geração de energia fóssil começa a declinar em nível global. “A queda das emissões do setor de energia é agora inevitável”, continuou Jones. “2023 provavelmente foi o ponto de inflexão – o pico das emissões no setor de energia – um ponto de virada importante na história. Mas o ritmo da queda das emissões depende de quão rápido a revolução das energias renováveis vai continuar.”
A energia solar foi o principal vetor de crescimento da eletricidade em todo o mundo, adicionando mais do que o dobro de eletricidade nova em comparação ao carvão em 2023, e manteve seu status como a fonte que mais cresce no mundo pelo 19o ano consecutivo. A solar ultrapassou a energia eólica para se tornar a maior fonte de eletricidade nova pelo segundo ano consecutivo. O relatório destaca o Chile como o país com a maior participação de eletricidade solar no mundo, representando 20% de sua matriz elétrica em 2023, um aumento significativo em relação a apenas 1,9% em 2015.
O Brasil também viu a energia solar aumentar de quantidades insignificantes em 2015 (0,01%) para 7,3% em 2023, com a geração quase dobrando apenas no último ano devido a novas regulamentações e tarifas de alimentação. Como resultado, o Brasil é o sexto maior produtor de energia solar do mundo. O Brasil também é destacado no relatório por ter visto o segundo maior aumento mundial na energia eólica em 2023, depois da China. A participação do Brasil na energia eólica alcançou 13% em 2023, ante 3,7% em 2015.
Na COP28, realizada em dezembro, líderes mundiais chegaram a um acordo histórico para triplicar a capacidade global de energias renováveis até 2030. A meta estabelecida faria o mundo atingir 60% de eletricidade renovável até 2030, o que cortaria quase pela metade as emissões do setor de energia e colocaria o mundo em um caminho alinhado com a meta climática de 1,5 °C.
“Já conhecemos os principais facilitadores que ajudam os países a liberar todo o potencial da energia solar e eólica”, continuou Jones. “O Brasil é um campeão das energias renováveis, o que o mundo precisa urgentemente neste momento. Quanto mais o Brasil avança para uma economia de energia totalmente renovável, mais confiança outros países terão em seguir o mesmo caminho.”

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