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Prefeitura de Niterói (RJ) quer criar pomar gigante com 5.000 mudas

03/07/2025

A prefeitura de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, iniciou a implantação do que pode se tornar um dos maiores pomares urbanos do país.
O projeto "Fruta no Pé" prevê o plantio de mais de 5.000 mudas frutíferas e nativas ao longo dos 11 quilômetros do Parque Orla de Piratininga, na região oceânica da cidade.
A proposta integra o plano de recuperação ambiental da orla e busca transformar a área em um corredor verde e produtivo. A ação é parte dos Jardins Filtrantes do Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis, sistema de drenagem sustentável reconhecido internacionalmente como o maior da América Latina.
Espécies como pitanga, grumixama, amora, araçá, jamelão, jenipapo, uvaia, cereja-do-mato, cajá e pimenta-branca estão entre as plantadas. O projeto também inclui palmeiras jerivás, que atraem aves nativas e contribuem para o equilíbrio ecológico.
Cerca de 900 mudas já foram plantadas e a meta é concluir os plantios em sete meses. Os moradores poderão colher livremente as frutas.
Segundo a prefeitura, a ideia do pomar urbano surgiu para associar sustentabilidade, alimentação saudável e resgate cultural em áreas antes degradadas.
Para a analista de importação e exportação Rosane Ribeiro, 46, e moradora há 33 anos do bairro de Piratininga, o projeto é uma boa iniciativa e pode trazer benefícios duradouros para a região.
"Eu vejo a possibilidade de melhora, de sustentabilidade, e também de envolvimento das comunidades na manutenção e na colheita. É positivo que esse projeto incentive uma alimentação saudável e leve informação para as comunidades. Espero que ele possa se expandir para outros bairros", diz.
Apesar dos pontos favoráveis, ela cobra mais transparência sobre a gestão. "Me preocupa a falta de informações claras sobre quem vai gerir isso, como será feita a colheita e, principalmente, como o projeto vai continuar se houver mudança de governo. Isso precisa estar documentado, acessível, e não apenas em postagens de redes sociais", afirma.
O prefeito Rodrigo Neves (PDT) defende que o projeto representa uma estratégia concreta de segurança alimentar e biodiversidade, além de criar vínculos com a infância.
"O ‘Fruta no Pé’ vai além do paisagismo. É um convite à memória afetiva e à nossa cultura alimentar", disse. Segundo ele, o plano é aberto ao uso livre da população, sem regras rígidas de acesso às frutas.
Outra moradora da região, a pedagoga Poliana Santos, 46, destaca as mudanças no entorno da lagoa de Piratininga.
"A revitalização daquele espaço foi muito importante para a comunidade. A orla estava abandonada. Hoje temos museu, ciclovia, decks e restaurantes. Com o pomar, podemos imaginar piqueniques, um espaço mais arborizado, bonito e tranquilo. Urbanização e natureza juntas sempre são um bom investimento", destaca.
Segundo a prefeitura, a recuperação do entorno envolveu também a limpeza de áreas antes ocupadas por lixo. Em comunidades como Jacaré e Ciclovia, cerca de 25 toneladas de resíduos —incluindo móveis e pneus— foram retiradas por meio do programa chamado "Bota Fora". A remoção permitiu a preparação do solo para o plantio.
A cidade afirma ter 56% do território protegido por legislação ambiental e já recebeu por quatro anos consecutivos o selo "Cidade Árvore do Mundo", da Arbor Day Foundation. Mais de 60 mil árvores estão catalogadas e outras 150 mil mudas foram plantadas em anos recentes.
O acompanhamento técnico do projeto envolve biólogos e especialistas que cuidam do manejo das espécies e da adaptação ao ambiente urbano. A prefeitura também prevê a ampliação do modelo para outras regiões da cidade.
A proposta é que o pomar seja um espaço de convívio e educação ambiental. O prefeito afirma ainda que a experiência busca resgatar a vivência em áreas verdes e o contato direto com os alimentos naturais. "Algumas frutas não se compram no mercado. Elas se encontram no afeto, no cheiro, no sabor e no tempo compartilhado em comunidade", conclui Neves.

Fonte: Folha de S. Paulo

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