
25/11/2025
O Fórum Brasileiro de Climatechs, em parceria com a Agrotools e a ComBio, apresentou no dia 17/11, na Casa ComBio, na Ilha do Combú (Belém/PA), o relatório “Unlocking Brazil’s Climate Tech Potential”, primeiro panorama abrangente sobre o ecossistema de inovação climática no país. O encontro, realizado em meio à COP30, combinou debates, demonstrações tecnológicas e um ambiente pensado para conectar empreendedores, investidores e lideranças do setor.
O relatório, produzido pelo Fórum em coautoria com a Climate Ventures e no âmbito da iniciativa global CATAL1.5°T da GIZ, detalha os entraves e as oportunidades para que o Brasil consolide um papel de liderança na inovação climática global. O documento analisa o acesso limitado a financiamento, a necessidade de infraestrutura adequada e os gargalos regulatórios que ainda dificultam a expansão das climatechs — empresas de base tecnológica voltadas à mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Apesar de ter uma das matrizes elétricas mais limpas entre as grandes economias e um amplo potencial em bioeconomia, energia verde e uso da terra, o Brasil permanece periférico no fluxo global de investimentos: apenas 0,8% dos US$ 92 bilhões destinados às climatechs em 2024 chegaram à América Latina. Ainda assim, o país reúne ativos relevantes — biodiversidade, capacidade científica e quase 14% das startups nacionais vinculadas à agenda da transição verde.
O estudo identifica setores estratégicos com expansão acelerada, como agricultura sustentável, florestas e uso da terra, gestão de resíduos, energia limpa, indústria de baixo carbono e saneamento. Mesmo com mercados em ascensão, o relatório destaca que falta coordenação entre políticas públicas, investimentos e mecanismos de validação tecnológica.
Entre as recomendações, estão a criação de instrumentos financeiros híbridos, sandboxes regulatórios, compras públicas verdes e modelos de blended finance que reduzam risco e ampliem o capital disponível. A análise também reforça o papel de hubs de inovação, filantropia, academia e comunicação como elementos centrais para fortalecer o ecossistema.
Para o Fórum, as climatechs são mais que startups: representam um vetor estruturante da nova economia verde e podem impulsionar competitividade, geração de empregos qualificados e reindustrialização orientada à sustentabilidade.
O lançamento ocorreu em um ambiente pensado para destacar a Amazônia como palco central da inovação climática. A Casa ComBio recebeu os convidados para uma programação que incluiu apresentação do relatório, demonstrações de soluções tecnológicas da Agrotools e um encontro voltado ao networking qualificado. O fim de tarde seguiu com coquetel ao pôr do sol, jantar com culinária amazônica e ambientação musical, reforçando a conexão entre tecnologia, território e clima que o evento buscou evidenciar.
Fonte: CicloVivo
Do caramelo à calopsita: novo complexo veterinário do IBMR atende animais e pets ´não convencionais´ no Catete
25/11/2025
Mortandade de peixes na Lagoa de Piratininga: após novo episódio, prefeitura e governo estadual divergem sobre motivo da demora para resolver o problema
25/11/2025
5 passos para ser mais ecológico na cozinha
25/11/2025
Fórum Brasileiro de Climatechs lança relatório inédito na COP30
25/11/2025
Bioeletricidade ganha força como aliada do Brasil na seca
25/11/2025
Brasil desperdiça 40% da água tratada
25/11/2025
